sexta-feira, junho 24, 2005

Six Flags

Sobrevivendo a MAIOR MONTANHA RUSSA do mundo.

Nos três últimos dias de maio quase ao mesmo tempo que o feriado de Corpus Christie, o povo americano celebrou o feriado do Memorial Day. Durante esse final de semana muitos americanos não trabalham e saem para viajar, o que não é o caso das pessoas que trabalham com entretenimento e muito menos que não são nativos.
Normalmente o clube é fechado às segundas-feiras, mas como o feriado caiu exatamente nesse dia, tudo que restou a plebe foi o trabalho. Sendo assim, para compensar o clube fechou na terça-feira, cujo dia resolvemos em caravana ir para o interior do estado de New Jersey em busca de um dos parques de diversões mais populares por aqui, o Six Flags, e o resultado desse passeio foi de quase matar. Sabe por quê? Hummmm

Com três carros cheios, saimos por volta das oito da manhã para chegarmos lá assim que o parque abrisse as dez da manhã. No caminho, fizemos uma parada estratégica para o desajuno, mas seguimos firmes e fortes na terra do Bon Jovi e de um famoso lutador americano dos anos 30, James Braddock, cuja a vida está sendo contada no cinema através do ótimo filme “Cinderella Man”, com a atuação de Russell Crowe (o mesmo do Gladiador) e a não menos famosa “Brigitte Jones”, a atriz Renée Zellweger.

Nosso motorista, um colega de trabalho porto-riquenho-americano não sabia o caminho e nos perdemos do carro anterior. Para ajudar, ao tentar aumentar a velocidade e consertar o erro, fomos parados pela patrulha policial que nos concedeu uma multa aviso de alta velocidade que por sorte saiu por U$ 50. No fim da hisória, já estávamos perto do parque e o policial nos orientou como chegar lá. Plena terça-feira gorda. Havia muito mais gente do que imaginávamos, mas seguimos a jornada firmes e fortes até encontrarmos o que esperávamos, montanhas-russas a valer!

Já na entrada, como de rotina em tudo por aqui nos Estados Unidos, principalmente depois da histórica data de 11 de setembro de 2001, quase todos os lugares frequentados, exceto públicos, é necessário passar por detectores de metal, revistas especialmente em bolsas. Rotinas à parte, o que interessava era o número oito. Sim, esse é o número só de montanhas-russas que o parque oferece, sem contar as outras atrações.

Resumindo meu dia, eu particularmente só consegui ir em quatro montanha-russas é só. Tudo por conta das quase três horas que eu perdi na fila da Kingda Ka, o fenômeno. Deixando o melhor e mais emocionante para o final, em nosso grupo imenso que se dividiu, ficamos juntos com nossa amiga Jamile, ex-funcionária do parque e sabia exatamente o que estava fazendo quando nos levou ao primeirp monstro, que só perde pra Kindga ka em medo, mas em emoção...uhhhhhhhh....não perde não.

Antes da maior do mundo, a Nitro era a maior e mais emocionante montanha-russa do parque. Se você conhece o Hopi Hari em São Paulo, tem pavor ou vangloria aquela montanha-russa, tenho medo de que terá um infarto de andar na Nitro. As diversas quedas que essas montanha-russa tem supera qualquer outra que eu já fui na minha vida. Já sentado no carrinho depois da tradicional subida inicial de qualquer grande montanha-russa, nos segundos no qual eu percebi o tamanho da criança, ainda bem que não dá nem tempo de pensar porque o desespero é bem maior. E como se a primeira caida não fosse suficente para matar qualquer corajoso, eis que vem umas três ou quatro mais. No final de tudo, não acreditava no que tinha acontecido e ainda mais como era possível existir uma dessas tão grande. E sabe qual é o melhor da história? O melhor é que a Jamile levou a câmera fotográfica digital escondida e filmou todos os nossos momentos de tensão e desespero da jornada. É de matar de rir depois do apuro.

Fomos na do Batman que é meio tradicional e é daquelas que vai até um ponto e volta de costa em 40 segundos, porém nada muito especial. Depois disso tudo, eu perguntava a todos e queria saber onde estava essa tal de maior do mundo que dá onde eu estava eu não via. Saimos em busca dela e durante a caminhada eu vi um enorme aro verde vertical em forma de um dedo gigante e tive a infelicidade de perguntar o que era aquilo. A resposta foi mais desagradável ainda...a montanha russa. Descrédula, repliquei: “Gente, isso não é uma montanha-russa. Montanhas-russas não são verticais!” Engano meu, meu caro leitor...essa era e é sim! Vendo os carrinhos percorrendo aquilo de longe era inacreditável, de perto, muito mais que assustador. Comecei a duvidar de minha coragem, pois a vista daquilo é ....é....é...


Você é uma mulher ou projeto de gente?

A fila da maldita demorou em uma proporção covarde se compararmos o tempo que se passa nela e o que se passa na fila. Na fila passamos quase 3 horas e no brinquedo, se é que podemos chamar assim, 30 segundos. Durante a espera, a maioria do grupo desistiu e resolveu gastar o tempo de espera nos outros brinquedos. Eu e minha roommate Sandra não perdemos o rebolado e resolvemos seguir até o final. Nunca se sabe se teríamos a oportunidade de voltar lá outro dia e nunca poderíamos contar as gerações futuras o que foi andar na maior montanha-russa do mundo naquele ano de 2005.
O tempo passou, vira e mexe o carrinho parava por longos minutos e supostamente em manutenção e toda vez que achávamos que estámos bem perto havia um caracol de fila escondida para enfrentar. É sempre se entra na fila e nunca se tem noção das milhares de pessoas que estão nela e escondidas na sua frente. Como desistir nunca foi o nosso lema, eis que chegar a reta final.
Nesse minutos em que você está a poucos minutos de sentar no carrinho, tudo passa pela sua cabeça e olhando o desespero daquela gente que senta e está preparada para a jornada, o primeiro pensamento que vem a cabeça é o que é que eu estou fazendo aqui e porque que eu sempre insisto nisso!
Nào sei que estava mais nervosa, eu ou a Sandra. Chegou a nossa hora, sentamos no carrinho com suas milhares de sinto de segurança e travas quando de repente, para, para tudo. Eles teriam que fazer um ajuste e teríamos que esperar por tempo indenterminado. Tortura pouca é bobagem.
Depois de alguns minutos, eu já desesperada com a imagem do inimigo verde na cabeça eis que tudo está pronto. O carrinho segue seu rumo e cada dois lados do brinquedo sempre saem dois carros com 20 pessoas de cada lado.
Sai um do outro lado, outro do nosso, um do lado de lá e aí....nosso carro para em frente o monstro palmeirense, ouve-se o barulho inicial que é o sinal de que ele vai sair e ai, tudo vai tão rápido que na subida se perde o fôlego tamanha velocidade e na descida de olhos fechados, só senti o efeito e quando realizei, estava no ponto de patida inicial, descabelada e desconcertada. Não temos nem tempo de pensar. E é isso. Vi, vim e venci a MAIOR montanha-russa do mundo!


Quanto custa essa brincadeira?

Para passar um dia se divertindo no Six Flags gasta-se $50 dólares para entrar. Todos do nosso grupo pagamos $25 dólares cada um porque juntamos lata do refrigerante mais popular do mundo que tem a promoção de que se mostrar a latinha com o emblema da promoção, uma pessoa não paga a entrada no parque. Para estacionar o carro, gasta-se mais $10 e para comer dificilmente você desembolsará menos de $10 também, porque a inflação em lugares assim corre solta. No final, se você ainda comprar souvenirs e gastar com transporte, lembre-se de reservar um pouco mais de $ 100 dólares para um dia de passeio.

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