terça-feira, dezembro 06, 2005

No olho do Wilma

Temporada de furacões acaba e vida volta ao normal na região mais afetada da Flórida

Logo depois do furacão Katrina assombrar os moradores da região do Golfo do México e poucos dias depois de voltar a morar na Flórida, eis que as rádios e as televisões alertam para a proximidade de outro monstro com proporções catastróficas, o furacão Wilma. Todo os Estados Unidos e principalmente os moradores da Flórida começaram a entrar num estado de pânico, principalmente depois das consequências provocadas pelo Katrina semanas anteriores.

Considerado de categoria 5, a princípio, o novo furacão prometia devastar o estado da Florida com muito mais intensidade que o Katrina na Louisiana e Mississippi. Assim que se aproximava do país, o governador da Flórida decretou estado de emergência, e moradores das ilhas de Keys no extremo sul do estado receberam aviso mandatório de saída.

Previsto para chegada no sábado dia 22 de outubro, durante o percurso o furacão diminuiu a velocidade e a intensidade chegando a atingir nível 2 depois de destruir os paraísos turísticos de Cancun e Cozumel no México, onde entrou como nível 5. Com atraso e nova data de chegada definida entre a madrugada de domingo e a tarde da segunda-feira 24, a partir de agora você vai saber um pouco do pré, durante e pós a vivência de estar no olho de uns dos fenômenos naturais mais perigosos e devastadores da terra.

Boynton Beach é uma das cidades localizadas quase no extremo suleste da Florida e fica entre as cidades de Miami e West Palm Beach, uma das regiões mais afetadas pelo furacão Wilma. Já na sexta-feira antes da chegada da tempestade, moradores passaram horas em filas de postos de gasolinas e esvaziaram pratileiras de supermercados em busca de mantimentos e água para o pós furacão que conforme relatos chega durar semanas com escassez de comida e falta de energia elétrica.


Há também um certo desespero por combustível nessa época devido a necessidade de tanque cheio já que nessa região de longas distâncias e poucos meios de transporte públicos, a comunidade pára se há falta de gasolina. Todo esse medo reflete-se em longas filas que duram cerca de duas horas porque muitos postos permanecem fechados sem nenhum tipo de combustível para oferecer.

Na nossa primeira ida ao supermercado com o fim de estocar alimentos, surpresa com a quantidade de coisas que levavamos no carrinho de compras, uma repórter do periódico Sun Sentinel nos entrevistou para saber quais eram as precauções que estávamos tomando, principalmente no caso de estarmos vivendo nossa primeira experiência com furacões, tamanha a proporção que o furacão ganhou nas vésperas do acontecimento.

Mesmo com toda essa correria, muitos moradores pareciam tranquilos e estavam a viver suas vidas normalmente, pois a maioria deles está acostumada a enfrentar furacões toda a temporada que vai de agosto a novembro de cada ano. Até mesmo no Broken Sound trabalhamos quase como de costume, exceto pelo cancelamento de um casamento que seria realizado na noite de sábado e por todos os funcionários foram liberados na tarde do domingo, horas antes do começo das tempestades. De qualquer forma, a maioria dos moradores não deixou a região preferindo ficar em suas casas até a tempestade passar.

2 comentários:

Anônimo disse...

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