sexta-feira, maio 06, 2005

Um show de basquete do Miami Heats

Os playoffs da Liga Nacional de Basquete Americano (NBA) acabam de começar e os jogos estão rolando em diversas partes do Estados Unidos, inclusive em Miami. Pouco antes das finais começarem resolvi assistir o último jogo de classificação do Miami Heats, time da estrela Shaquille O’Neal. Nos finais de semana um ingresso para os jogos do time de Miami são muito concorridos e semanas antes do jogo já não havia mais ingressos disponíveis mesmo na internet. A partir disso, começou minha maratona para conseguir uma noite livre do trabalho para conhecer os gigantes do basquete.
Convicta de que iria para a Arena, uma amiga e eu garantimos o ingresso com antecipação para que não perdessemos o jogo. Toda essa precaução foi necessária já que nós duas queríamos ir no show do Lenny Kravitz no último dia 14 de abril mas aqui nos EUA as coisas não funcionam bem na última hora e se quiséssemos ir ao concerto deveríamos pagar no mínimo 130 dólares já que os ingressos de 40 e 50 dólares há tempos tinham sido esgotados. Por isso, vale sempre a dica de quando você vier aos EUA e quiser assistir ao show de seu artista preferido, principalmente se ele for pop star. Fique sempre ligado nas datas das turnês já que, por exemplo, o U2 tem shows marcados para o final do ano por aqui e os ingressos já começaram a ser vendidos pelo ticketmaster, famoso site de compra de ingressos de shows e eventos por aqui.
Com ingresso na mão e troca de turnos com um colega de trabalho, na terça-feira, dia 19 de abril sai do clube ás quatro da tarde e já estava a espera do taxi que iria me levar o mais rápido possível à estação de trem de Boca que me levaria a Miami. O jogo estava marcado para às sete e meia da noite e chegamos com certa antecedência na estação do metrô que fica a poucos metros da Arena.
Já por volta das seis e meia encontramos milhares de fãs do time em fila para entrar no templo do basquete. Muitos torcedores vestiam a camisa do time cuja as cores são vermelho e preto. Ao entrarmos na fila, passamos por uma inspeção que nos impedia de entrarmos para o jogo com nossas bolsas e mochilas. Dessa forma, tiramos todos os itens necessários ao nosso bem estar durante a jogo como máquina fotográfica, dinheiro, documentos e óculos de grau que foram imprescindíveis.
Entrando na Arena, minha companheira sofreu um incidente com sua camera digital que caiu no chão e parou de funcionar. Esse problema nos desanimou muito antes do jogo, mas seguimos a nossa jornada. Dentro da Arena há vários estandes de comidas, bebidas e camisetas e apetrechos do time de Miami que por sinal tem preços altíssimos. Um camisa oficial do time custa em torno de $ 50, mas como ainda não somos fanáticas, na hora da fome, gastamos cerca de dez dólares sendo seis por um pedaço de pizza e acredite se quiser, $3,50 por uma garrafa de água.
Com certo tempo para andar e conhecer a parte interna da arena que é enorme, localizamos nosso local que ficava extremamente longe da quadra. Chegamos até a porta do primeiro rol de cadeiras numeradas e gentilmente um senhor que estava sentado ao lado da quadra ofereceu para que o acompanhasse até o seu lugar e tirasse foto dos jogadores mais de perto.
Pouco antes de começar o jogo, há um espetáculo à parte. Há show de dança proporcionado pelas cheerleaders (aquelas animadoras de jogos que todos vemos nos filmes de Hollywood), show de luzes e som proporcionado pelo o DJ da Arena e uma cantora profissional canta o hino nacional americano. No final das contas tudo vira festa e show. As jogadas são acompanhadas de trilha sonoras variadas e motivantes e na enterrada mais espetacular, ao pegar a bola um jogador de Heats foi com o ritmo da música até a cesta adversária.
Além disso tudo, nos intervalos do jogo há entrega de prêmios, mais show de dança. Uma animadora a lá Gugu e o Dj procuram agitar a galera, a exemplo da competição que houve para ver quem entre dois rapazes conseguiria comer mais pimentas vermelhas. Para nenhuma surpresa, o mexicano ganhou.
O balé das quadras proporcionadas pelos gigantes de ébano encantam a torcida que canta várias frases incentivadoras como “Let’s go heat, let’s go heat” com trilha sonora de fundo.
Em seu último jogo e com a classificação para os playoffs garantidas e por conta de uma contusão, O’Neal, a estrela do time, nem deu as caras na Arena. Somente seus companheiros de time foram responsáveis pelo show de abilidades nas enterradas levando o Heats a bater o time da Carolina do Norte, o Charlotte Bobcats.
Já fora da Arena, depois do fim do jogo conversei com uma funcionária da Arena e perguntei se ela tinha contado direto com os jogadores do Heat. Ela disse que só viu o Shaquille O’Neal no MTV Awards, realizado na Arena no ano passado, na qual ela constatou que ele é praticamente duas pessoas. “Foi a única vez que cruzei com ele”, disse. Segundo ela, os jogadores do time não ficam expostos e não mantêm contado com os funcionários da Arena, contudo ela lembrou que uma das estrelas jovens do grupo é muito simpático e é um menino super atencioso quando cruza com qualquer funcionário.
Depois de todo esse espetáculo e o número de patrocinadores que esses times de basquete tem, não é difícil de constatar porque o basquete norte-americano é o melhor do mundo.


Um pouco mais sobre a NBA

Para assistir ao um jogo de basquete por aqui não é necessário desenbolsar uma quantia monstruosa de dólares, a não ser que se queira sentar nas primeiras fileiras. Como a maioria das compras por aqui, o ingresso pode ser comprado através do site da American Airlines Arena que tem um link para o site do Miami Heats. No site do time é possível encontrar informações sobre os jogos, jogadores e outras cositas mas.
A compra é fácil, e o ginásio é gigantesco. Por $ 23, eu e minha amiga conseguimos um lugar no terceiro andar de fileiras que vai até cinco. Atualmente, os times de basquete americano estão jogando os playoffs, ou seja, a fase final onde todas as partidas contam para o mata-mata. O time de Miami ainda continua no páreo, mas as disputas são boas.
O jogo que assisti foi um dos últimos de classificação e foi mesmo para cumprir tabela já que o Charlotte Bobcats entrou esse ano para a conferência e não é uma das grandes forças da competição.

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