sábado, fevereiro 19, 2005

O mundo em Língua ou melhor...Boca Raton

Novembro foi o primeiro mês no qual desembarcaram os primeiros internacionais para trabalhar no Broken Sound. Na metade de dezembro já éramos um total de 61 trabalhadores de várias partes do mundo. Três continentes fazem parte do time do clube. Entre os escalados da América do Sul e em maior quantidade vem a delegação do Brasil, pois em se tratando de time (de futebol) nós fazemos a diferença. Logo depois vem os trabalhadores da África do Sul que entre os integrantes do terceiro mundo saem com duas línguas de vantagem já que eles vivem num país que além do africâner fala inglês com um sotaque bem diferente, o que não atrapalha a comunicação com os nativos dos EUA.
Logo depois vem a galera da Europa que como de costume estão no topo da pirâmide e são os jogadores mais bem pagos da seleção. Entre os selecionados vieram os holandeses, búlgaros, romenos, poloneses, escoceses e ingleses.
Para fazer parte dessa seleção do mundo o requisito principal é, era e sempre foi o inglês avançado. África do sul? Presente! Búlgaros, romenos, holandeses? Presente! Escoceses e inglês? Presente, mas com um sotaque que só Deus entende! Poloneses....hum...presente! Brasileiros? What? Pode repetir a pergunta? Não entendi!
Os brasileiros em grande parte vieram com o inglês afiado, pois para chegarmos até aqui a maioria passou por duas entrevistas sendo uma delas por telefone, mas no começo fomos inundados de reclamações dos chefes e dos membros que reclamavam que não conseguiam nos entender e vice-e-versa.
O fato é que se você juntar um monte de indivíduos da mesma nacionalidade (ou língua) o resultado será em língua nativa e jamais extrangeira. Ou seja, por mais que você viva em outro país, a menos que esteja isolado de pessoas que falem a mesma língua que a sua, você com certeza vai praticar a sua língua com sucesso.
É desanimador, mas se você pensa em viajar para os Estados Unidos com a intenção de aprender inglês ou torná-lo fluente terá um grande desafio pela frente. Nessa minha segunda passagem por aqui consegui confirmar essa teoria (wow!!!), já que da primeira vez aprendi espanhol. Ai de mim se não soubesse falar inglês, pois estaria tentando aprender até hoje e não estaria nesse emprego.
Vivemos e acabamos nos conectando com nossos conterrâneos e todos aqui vivem em apartamentos com pessoas da mesma nacionalidade, salvo raríssimas exceções. No trabalho falamos inglês o tempo todo, porém sempre há um irmão da terra por perto para que a gente não esqueça o português, just in case. Junta-se a tudo isso a dificuldade de fazer amizade com os americanos que nos ajudariam muito a praticar a língua e assim tudo vira um círculo vicioso.
O mais impressionante que mesmo todos nós que falamos inglês e com experiências internacionais, é só chegar aqui para uma temporada e empacar nos accents, ou seja, os sotaques. Isso é uma matéria para lição de casa ..acredite!!! Há que se acostumar muito bem os ouvidos, se não...
Em casa, Rodrigo, Maurer e eu estamos numa campanha para tentar falar inglês a todo momento, mas é difícil...vamos ver se conseguimos emergir na língua mesmo quando estivermos em casa e assim quem sabe além de primeiros em futebol o brasileiro se torne um dos primeiros no quesito speak English.

Um comentário:

Tati Sogabe disse...

Vívis, passei rapidinho no seu blog, parece q tem muita festa por aí, hein!!
Sei como é o lance de ficar com a brazucada e falar português adoidado... A gente aqui já até fala portuguenglish... Mas tem que saber apertar a tecla sap!!
Passei por Miami, no sufoco da imigração, e agora estou aqui no meio da neve novamente... Queria ter ficado um pouco mais no Braza, ou ter dado um pulo em Miami, naquele calor e ver o mar tão lindo da FL... Mas~, ticket de pobre não tem mudança...
Me liga Vivi, não sei até quando fico, talvez vá visitar a Poli...

703 726-0618

Tati